Um waiver rápido e uma dica de leitura sobre audiências
Sobre o retorno dos que não retornaram
Caros, por uma inacreditável burocracia na relação entre o 9º Registro de Imóveis e a Caixa, eu ainda não consegui receber pelo meu apartamento vendido - e já desocupado - e mudar. Minha vida está provisória com os móveis num depósito e morando com uma amiga até que tudo se acerte e eu consiga, finalmente, me mudar para o novo apartamento, onde eu pretendia iniciar uma nova fase de “O ofício", mais audiovisual e informal e menos textual, ainda que com a ajuda luxuosa do que é publicado pelo mundo sobre o tema.
Mas "a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”, já diria João Guimarães Rosa.
Mas enquanto eu vou tentando retomar a coluna até o fim deste mês, vale dar uma lida no artigo publicado pelo IJNet sobre sobre engajar suas audiências em meio ao declínio das referência feitas pelas redes sociais aos conteúdos jornalísticos - uma das razões de proliferação dos chamados “Newsfluencers”. O artigo na íntegra você lê ( em inglês) aqui.
E me chamou a atenção o seguinte trecho da entrevista feita com Fernanda Braune Brackenrich, editora de audiência do Financial Times e Tess Jeffers, diretor de dados da redação e IA de The Wall Street Journal, para refletir:
“Acho muito importante ser consistente sobre o que o sucesso lhe parece. Se sua métrica principal é leitores únicos, por que você dando destaque a uma história que não teve um bom desempenho com leitores com menos de 35 anos?” Jeffers disse. “Acho muito importante manter sua redação focada no objetivo estratégico. Você precisa explicar o que é essencial em vez do que é bom ter, porque, do contrário, a audiência vai dispersar.”
Os editores de audiência recomendam repetir insights práticos de estatísticas de audiência e reforço positivo em vez de focar em notícias espalhafatosas e ruins. (É melhor focar no que os jornalistas estão fazendo certo do que insistir num blog ao vivo de horas que deveria ter sido uma postagem curta, por exemplo, ou num trocadilho esotérico que fracassou em uma manchete.) (…)
"Quanto mais você puder lembrar às pessoas [que] não temos controle sobre qual é a agenda da plataforma social e não temos controle sobre qual é a agenda da plataforma de SEO, mas aqui está o que podemos controlar, melhor”, disse Jeffers. “Podemos controlar a saída e a conversa com indivíduos em nossa comunidade, contando a melhor história que achamos envolvente e interessante. Isso significa mudar a narrativa de como o sucesso se parece, porque ele está mudando sob nossos pés agora.”